Solidariedade<br>com Khaleda Jarrar
A Assembleia da República aprovou um voto de solidariedade apresentado pelo PCP onde se apela à «imediata libertação» da deputada palestiniana Khaleda Jarrar, bem como dos «restantes deputados palestinianos presos por Israel».
O texto contou com os votos favoráveis do PCP, PEV, BE e PS, a abstenção do PSD, do CDS-PP e de cinco deputados do PS, votando contra três deputados do PSD, um do PS e sete do CDS-PP.
Na voto é reafirmada a posição da Assembleia da República no sentido da «defesa do respeito e cumprimento das disposições do direito internacional, designadamente as Convenções de Genebra no que respeita às obrigações e restrições da potência ocupante».
Enquadrando o contexto em que foi detida esta activista que preside à Comissão dos Presos Palestinianos do Conselho Legislativo Palestiniano e que é dirigente da Addameer, organização dedicada à defesa dos direitos e pela libertação dos palestinianos presos nos cárceres israelitas, o voto refere que tudo se passou na madrugada de 2 de Abril, em Ramallah, quando várias dezenas de elementos do exército de Israel entraram na sua residência, onde se encontrava com o marido e a filha.
Recordado é ainda o facto de Khaleda Jarrar, advogada e activista pela defesa dos direitos das mulheres, estar impedida por Israel de viajar para fora da Palestina desde 1998, não obstante sofrer de doença crónica, tendo apenas sido autorizada uma vez a viajar para tratamentos.
A Assembleia da República lembra ainda que no passado dia 5 foi emitida pelas autoridades de Israel a ordem de «detenção administrativa» à deputada Khaled Jarrar para os próximos seis meses (período durante o qual poderá permanecer detida, sem julgamento ou sequer acusação), ordem que «poderá ser renovada por iguais períodos, sem limite de tempo».
Detidos nas prisões de Israel estão «outros dezoito deputados palestinianos, nove dos quais em detenção administrativa, sem processo nem culpa formado», lê-se no voto de solidariedade.